Dentro dessa concepção, a forma mecânica de pensar, arraigada nas nossas
mentes durante tantas décadas, alicerçou o estilo burocrático criando dificuldades
para a entrada de novas percepções organizacionais.
As organizações são propostas como um fim em si mesmas. São
instrumentos criados para se atingirem outros fins. Isso é refletido pelas origens da
palavra organização que deriva do grego orgamon que significa uma ferramenta ou
instrumento.
Durante o século XIX várias tentativas foram feitas para codificar e promover
as idéias que poderiam levar as organizações a uma gestão eficiente no trabalho.
O autor justifica dizendo que, muitos teóricos em ciência social observaram
que vivemos em uma sociedade tecnológica, dominada pelas necessidades das
máquinas e por modelos mecânicos de raciocínio. Os elementos da teoria
mecanicista apareceram pela primeira vez nas idéias dos “atomistas” gregos, tais
como Demócrito e Leucipo, no período compreendido entre o século V e o III a.C..
Acreditavam que o mundo era composto de partículas indivisíveis, em
movimento e dentro de um vácuo infinito e que todas as formas, movimentos e
mudança poderiam ser explicados em termos do tamanho, forma e movimento doas
átomos.
Esta visão mecânica influenciou o pensamento científico até o século XX e
tem a sua mais completa e extensiva compreensão nas contribuições do físico Sir
Isaac Newton que desenvolveu uma teoria do universo enquanto maquina celestial.
Dentro do campo da filosofia, as idéias mecanicistas têm exercido influência
poderosa em relação às teorias da mente humana e a respeito da natureza e do
conhecimento e da realidade.